Poema Sonhos de Primavera
Sonhos de Primavera
Desperto no sussurro do vento,
Primavera borda meus passos com flor.
Depois do frio, o renascimento,
Desperta em mim um antigo brilho.
Sonhos dançam entre pétalas leves,
Memórias de dor viram brisa sutil.
Curvas da alma, tão frágeis e breves,
Se alinham num destino gentil.
O céu me escreve com cor de cerejeira,
A vida pulsa no compasso do bambu.
Meu corpo, antes casa em ruínas,
Se ergue templo, inteiro, nu.
Na linguagem do broto e da raiz,
Aprendo a me ver, sem véus, sem disfarce.
A cura vem como quem diz:
“Floresce, mulher, no tempo que te abrace.”

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