Poema Raízes Invisíveis
Raízes Invisíveis
Há raízes que não vemos,
mas que sustentam o que somos.
Ficam presas na infância,
entre memórias que calamos.
Pequenas feridas silenciadas
crescem por dentro, em segredo,
transformando-se em cansaços,
em dores sem nome, em medos.
O corpo fala em sussurros,
um ciclo desregulado,
um coração que acelera,
um vazio inesperado.
Na mulher que floresce,
a criança ainda vive.
Pede colo, pede escuta,
espera que algo a revire.
E vem a menopausa,
não como fim, mas como passagem.
É tempo de se colher inteira,
de transformar dor em linguagem.
Na agulha que toca o Shen,
no ponto que libera o choro,
há cura para o invisível,
há luz para o que foi escuro.
Porque cada mulher guarda um segredo,
um jardim e uma semente.
E até as raízes mais feridas
podem florescer plenamente.
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